01 maio Eu preciso de respostas e você?
Talvez o meu problema seja que eu preciso de respostas. De todas elas e para tudo.
Talvez por isso eu ainda não as tenha encontrado; porque eu as procuro, as almejo, as espero. E quanto mais corro atrás delas, mais elas fogem de mim. E isso me angustia.
Não aceito as coisas como são simplesmente; sem entender o “por quê” de tudo. Porque eu realmente acredito que tudo na vida tem um “porquê”. E aos poucos, na minha busca desenfreada para tentar entender o mundo, as pessoas e suas atitudes, as coisas vão fazendo um clique e encaixando as respostas em seus devidos lugares.
É estranho porque para mim as respostas vêm antes, em forma de pressentimentos, mas eu não sei lidar com eles. E então todas as explicações fogem.
Acho que é porque eu as tenho instintivamente antes de qualquer coisa dentro de mim e do meu coração, mas como dizer aos outros que a resposta é essa ou aquela? Como fazê-los acreditar sem poder provar-lhes que eu estava certa? Como fazer com que eu mesma acredite? No fundo, acho que preciso aprender a me conectar com o mundo tal como ele é. Ou talvez não. Assim como a maioria das pessoas, talvez eu precise simplesmente aceitar que o mundo é assim: sem muitas respostas muitas vezes e pronto.
Mas eu não consigo. Então continuo atrás delas – das respostas – até o dia que eu as acharei. Ou que saberei decifrá-las e acreditar nelas, sem precisar provar para ninguém que são as certas.
No dia em que eu achá-las, eu conto. Mas talvez você não precise delas. Quem não tem muitas perguntas, não precisa de respostas.
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